quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ivete Sangalo - Acelera aê





Feliz   2011  pessoal !!!!!







terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Canta Brasil



As selvas te deram nas noites teus ritmos bárbaros
E os negros trouxeram de longe reservas de pranto
Os brancos falavam de amor nas suas canções
E dessa mistura de vozes nasceu o teu canto
Brasil, minha voz enternecida
Já dourou os teus brasões
Na expressão mais comovida
Das mais ardentes canções
Também, na beleza deste céu
Onde o azul é mais azul
Na aquarela do Brasil
Eu cantei de norte a sul
Mas agora o teu cantar
Meu Brasil quero escutar
Nas preces da sertaneja
Nas ondas do rio-mar
Oh! Este rio turbilhão
Entre selvas e rojão
Continente a caminhar
No céu, no mar, na terra!
Canta Brasil!
Na beleza deste céu
Onde o azul é mais azul
Na aquarela do Brasil
Eu cantei de norte a sul
Mas agora o teu cantar
Meu Brasil quero escutar
Nas preces da sertaneja
Nas ondas do rio-mar
Oh! Este rio turbilhão
Entre selvas e rojão
Continente a caminhar
No céu, no mar, na terra!
Canta Brasil!
No céu, no mar, na terra!
Canta Brasil!
No céu, no mar, na terra!
Canta Brasil!
No céu, no mar, na terra!
Canta Brasil!!!
Composição: Alcir Pires Vermelho / David Nasser


"Cantemos por um Ano de Paz e menos violência!"





quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Feliz Natal!







terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A Paz

Um capacete de guerra tem um ar carrancudo.
Muito mais bela é uma flor.
Uma flor tem tudo
para falar de paz e de amor.
Mas se virarmos o capacete de guerra
ele será um vaso, e é bem capaz
de ter uma flor num pouco de terra
e falar de amor e de paz.
A paz é uma pomba que voa.
É um casal de namorados.
São os pardais de Lisboa
que fazem ninho nos telhados.
E é o riacho de mansinho
que saltita nas pedras morenas
e toda calma do caminho
com árvores altas e serenas.
A paz é o livro que ensina.
É uma vela em alto mar
e é o cabelo da menina
que o vento conseguiu soltar.
E é o trabalho, o pão, a mesa,
a seara de trigo ou de milho,
e perto da lâmpada acesa
a mãe que embala seu filho.
A paz é quando um canhão
muito feio e de poucas falas,
sente bater um coração
e dispara cravos, em vez de balas.
E é o abraço que dás
no dia em que tu partires,
e as gotas de chuva da paz
no balanço do arco-íris.
A paz é a família inteira
na alegria do lar,
bem juntinho a lareira
quando o inverno chegar.
A paz é a onda redonda
que da praia tem saudades
e muito mais do que a onda
a paz é a vida sem grades.
A paz são aquelas abelhas
que nos dão favos de mel
e todas as papoulas vermelhas
que eu desenho no papel.
Ventoinha, ventarola,
Moinho que faz farinha,
Meninos que vão à escola,
A paz é tua e é minha.
É luar de lua cheia
tocando as casas e a rua,
são conchas, búzios na areia,
a paz é minha e é tua.
É o povo todo unido,
no mundo, de norte a sul,
e é um balão colorido
subindo no céu azul.
A paz é o oposto da guerra,
é o sol, são as madrugadas,
e todas as crianças da terra
de mãos dadas, de mãos dadas,
de mãos dadas.
Sidónio Muralha

sábado, 18 de dezembro de 2010

Change the World - Eric Clapton






Há coisas que não se veem...




"Há coisas que não se veem logo no primeiro olhar..."



Autor desconhecido



quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Eterno


A cada instante se criam novas categorias do eterno
Eterna é a flor que se fana
se soube florir
é o menino recém-nascido
antes que lhe dêem nome
e lhe comuniquem o sentimento do efêmero
é o gesto de enlaçar e beijar
na visita do amor às almas
eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo
mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma
força o resgata
é minha mãe em mim que a estou pensando
de tanto que a perdi de não pensá-la
é o que se pensa em nós se estamos loucos
é tudo que passou, porque passou
é tudo que não passa, pois não houve
eternas as palavras, eternos os pensamentos; e
passageiras as obras.
Eterno, mas até quando? é esse marulho em nós de um
mar profundo.
Naufragamos sem praia; e na solidão dos botos
afundamos.
É tentação a vertigem; e também a pirueta dos ébrios.
Eternos! Eternos, miseravelmente.
O relógio no pulso é nosso confidente.
Mas eu não quero ser senão eterno.
Que os séculos apodreçam e não reste mais do que uma
essência ou nem isso.
E que eu desapareça mas fique este chão varrido onde
pousou uma sombra
e que não fique o chão nem fique a sombra
mas que a precisão urgente de ser eterno bóie como uma
esponja no caos
e entre oceanos de nada
gere um ritmo.
Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Cinco sentidos



"Cinco Sentidos
E sendo sete as cores, e outros tantos
Os sons da escala, mas com mil matizes
Que prolongam seu eco e seus encantos,

Talvez nos seja um dia transmitido,
Por esses mundos fortes e felizes,
Um novo sexto e sétimo sentido!"

in, Novos Sonetos (Alberto Oliveira)

"A poesia é uma das mais belas criações humanas, fruto da profunda capacidade de captar, sentir, interpretar e reelaborar o sentido da vida. O poeta, em todas as épocas e civilizações, traz em si a ternura divina que lhe permite olhar o universo e tudo o que nele acontece com uma sensibilidade apurada e fecunda, da qual nascem as manifestações da alma, sejam em poesias, pinturas, músicas, fotografias..." Ana Maria Pisani

sábado, 11 de dezembro de 2010

Paciência - Lenine






Alegre-se com a vida

O Semeador de Estrelas - Lituânia


"Alegre-se com a vida, pois oferece a você a chance de amar,

trabalhar, divertir-se e olhar para as estrelas."

Henry Van Dyke



quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O doce da vida


A vida sem doce é amarga.
Sem o doce da reunião de família
em volta da mesa do almoço na
mais explosiva algazarra e atropelos
pedindo isso e aquilo e quase ninguém ouvindo
e se ouve faz de conta que não.
Sem o doce do sol claro depois de vários dias de chuva.
Ou da chuva depois de vários dias de sol castigante.
Sem o doce do abraço naquele amigo ou de notícias daqueles
que moram longe mas gostaríamos que estivessem por perto.
Sem o doce de um cochilo na rede depois do almoço.
Sem o doce de ter-se livrado de um chato conversando coisa chata.
Sem o doce do primeiro beijo da primeira namorada.
Sem o doce do salário depois de trinta dias de espera interminável.
Sem o doce de acordar e ficar sem compromisso sério o dia todo.
Sem o doce de perceber-se cada dia mais velho e ter saudade dos dias
vividos que não voltam mais.
A vida sem doce é amarga.
O que mais torna sua vida doce?
Autor desconhecido


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O correr da vida embrulha tudo


"O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem..."
"Tudo, aliás, é a ponta de um mistério,
inclusive os fatos. Ou a ausência deles.
Duvida? Quando nada acontece há um
milagre que não estamos vendo." 
"Não gosto desse passarinho.
Não gosto de violão.
Não gosto de nada que põe
saudades na gente."
Guimarães Rosa

sábado, 4 de dezembro de 2010

Seal - Amazing






A pior das loucuras...




"A pior das loucuras é, sem dúvida,
tentar ser sensato em um mundo de loucos."

Erasmo de Rotterdam


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Eros e Psiquê


 ANTÔNIO CANOVA, Eros e Psiquê
Museu do Louvre (Paris-França)

Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.
A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.
Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.
E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,
E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.
Fernando Pessoa