segunda-feira, 30 de junho de 2008

Gente humilde

Tem certos dias em que eu penso em minha gente
E sinto assim todo o meu peito se apertar
Porque parece que acontece de repente
Como um desejo de eu viver sem me notar
Igual a como quando eu passo num subúrbio
Eu muito bem vindo de trem de algum lugar
E aí me dá como uma inveja dessa gente
Que vai em frente sem nem ter com quem contar

São casas simples com cadeiras na calçada
E na fachada escrito em cima que é um lar
Pela varanda flores tristes e baldias
Como a alegria que não tem onde encostar
E aí me dá uma tristeza no meu peito
Feito um despeito de eu não ter como lutar
E eu que não creio, peço a Deus por minha gente
É gente humilde, que vontade de chorar

(Vinícius de Moraes)


sábado, 28 de junho de 2008

O frio é relativo, quer ver só?

30ºC ou mais
Baianos vão à praia, dançam, cantam e comem acarajé.
Cariocas vão à praia e jogam futebol.
Mineiros comem um “queijin” na sombra.
Todos os paulistas estão no litoral e enfrentam 2 horas de fila nas padarias e supermercados da região.
Curitibanos esgotam os estoques de protetor solar e isotônicos da cidade.
25ºC
Baianos não deixam os filhos saírem no vento após as 17 horas.
Cariocas vão à praia mas não entram na água.
Mineiros comem um feijão tropeiro.
Paulistas fazem churrasco nas suas casas do litoral, poucos ainda entram na água.
Curitibanos reclamam do calor e não fazem esforço devido ao cansaço físico.
20ºC
Baianos mudam os chuveiros para a posição “Inverno” e ligam o ar quente das casas e veículos.
Cariocas vestem um moletom.
Mineiros bebem pinga perto do fogão a lenha.
Paulistas decidem deixar o litoral; começa o trânsito de volta para casa.
Curitibanos tomam sol no parque.
15ºC
Baianos tremem incontrolavelmente de frio.
Cariocas se reúnem para comer fondue de queijo.
Mineiros continuam bebendo pinga perto do fogão a lenha.
Paulistas ainda estão presos nos congestionamentos na volta do litoral.
Curitibanos dirigem com os vidros abaixados.
10ºC
Decretado estado de calamidade na Bahia.
Cariocas usam sobretudo, cuecas de lã, luvas e toucas.
Mineiros continuam bebendo pinga e colocam mais lenha no fogão.
Paulistas vão a pizzarias e shopping centers com a família.
Curitibanos vestem uma camisa de manga comprida.
5ºC
A Bahia entra no Armagedon.
César Maia lança a candidatura do Rio para as olimpíadas de inverno.
Mineiros continuam bebendo pinga e quentão ao lado do fogão a lenha.
Paulistas lotam hospitais e clínicas devido a doenças causadas pela inversão térmica..
Curitibanos fecham as janelas de casa.
0ºC
Não existe mais vida na Bahia.
No Rio, César Maia veste 7 casacos e lança o “Ixxnoubórdi in Rio”.
Mineiros entram em coma alcoólico ao lado do fogão a lenha.
Paulistas não saem de casa e dão altos índices de audiência a Gilberto Barros, Gugu Liberato, Luciana Gimenez e Silvio Santos.
Curitibanos fazem um churrasco no pátio… antes que esfrie.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Fragmentos

O que faço senão reviver
viajando no pensamento
procurando a tudo rever
com a lembrança de cada momento.
Remexendo as idéias
alterando conceitos
valorizando detalhes
corrigindo defeitos.
Buscando respostas
para os ressentimentos
reconstruindo a vida
recolhendo os fragmentos...

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Eu ainda faço a vida explodir dentro de mim...

Errar é uma característica dos que fazem as coisas correndo. O dito popular está correto, a pressa é inimiga da perfeição, mas não só da perfeição, a pressa é inimiga de todas as coisas. Eu faço mil coisas ao mesmo tempo, sempre acabo disperso e não prestando a atenção devida a nenhuma delas. Uso das velhas desculpas, dizendo que esse tempo em que vivemos exige esse tipo de sacrifício dos nossos prazeres. Assim vou castrando meu entusiasmo, contando mentiras a eu mesmo, e fingindo acreditar que ainda controlo minha vida e minhas emoções. Se minha vida não estivesse sendo aproveitada por fragmentos de coisas boas e ruins, talvez estivesse escrevendo um romance em vez de poesias e crônicas. Não que estas formas de escrita sejam menores, muito pelo contrário, é apenas um dos sonhos que estaria realizando, colocando o que seriam minhas impressões a respeito de uma vida plena. Quem sabe os dias não passem a ter 48 horas num futuro próximo. Enquanto esse dia não chega, vou fortalecendo as minhas palavras que ainda são frágeis para sustentar minhas esperanças, meus sonhos e minha tentativa de me fazer ouvir num mundo onde todos estão surdos pelo barulho das moedas que caem ao chão diariamente. O primeiro passo é descobrir como sair desse poço de impaciência a que me atirei. Alguém por favor jogue a corda...

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Súbita visão

Havia um buquê. Rosas vermelhas e gipsófilas, envoltas na embalagem de transparências listradas.

Aguardaria ele a chegada de sua destinatária? O que havia motivado sua escolha: aniversário? Formatura? Tentativa de reaproximação de dois amantes?

Indagações que permanecerão sem resposta...

De resto, a visão inesperada de rosas junto a uma janela entreaberta, filtrada através da cortina branca.

Captando o olhar da motorista presa num monumental engarrafamento, inseriu, no meio do caos, um momento de reflexão e beleza.

(por Maria Angélica Monnerat Alves)

terça-feira, 24 de junho de 2008

Desencanto

Eu faço versos como quem chora

De desalento… de desencanto…

Fecha o meu livro, se por agora

Não tens motivo nenhum de pranto.


Meu verso é sangue. Volúpia ardente…

Tristeza esparsa… remorso vão…

Dói-me nas veias. Amargo e quente,

Cai, gota a gota, do coração.


E nestes versos de angústia rouca,

Assim dos lábios a vida corre,

Deixando um acre sabor na boca.

— Eu faço versos como quem morre.

(Manuel Bandeira)

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Prêmio

Chega embrulhado para presente. Agitada, corro para abrir. Porém, as amarras são muito fortes, não consigo sem ajuda. Chamo alto, por favor ajudem, preciso abrir este prêmio, pois é meu! Ganhei! Agitada, aguardo os amigos que correm, curiosos. Trazem tesoura, faca, estilete. Cortamos daqui e dali, arrancamos os papéis, alegria por todos os lados. Mas porque foi o prêmio? Também não sei. Chegou, assim, vindo não se sabe de onde! Ainda uma caixa dentro da caixa, mais papel, amarras que se cortam, ansiedade. Não pode ser. Se ganhou tem que saber porque. Como ganha e não sabe? Mas não sei! Procuro lembrar... Na verdade tenho feito de tudo para ganhar algum. Tenho procurado melhorar desde o mais íntimo de mim. Tenho procurado não ferir, não destratar, tenho procurado ajudar, trabalhar bem, aprimorar. Tenho procurado esmero em cada relação, em cada obrigação, em cada pequena coisa. Tenho procurado tanto! Decerto mereço. Por isto ganhei. Eu sei, digo. Ganhei porque mereço! E nada mais. Enfim chegamos à ultima caixa. Papel de seda, seguro com cuidado e desembrulho devagar. Cuidado, frágil. É lindo! Ficamos em silêncio, meu coração transborda. Este prêmio é meu! É o primeiro que recebo, eu me emociono. Aonde vamos colocar? Na estante? Na mesinha? Naquele móvel ali? Coloco na estante. Olhamos. Ficou lindo! Então num repente, sem golpe de ar, sem que ninguém o toque, desmancha-se diante de todos nós. Transforma-se em pó. Olhamo-nos. Nada dizem, nada digo. Sabemos. Não foi desta vez. Esse prêmio, ainda não mereci.

sábado, 21 de junho de 2008

A gente encontra o próprio estilo

"A gente encontra o próprio estilo,
quando não consegue fazer as coisas de outra maneira".
(Paul Klee, pintor sueco)

sexta-feira, 20 de junho de 2008

A criança que ri na rua

A CRIANÇA que ri na rua,
A música que vem no acaso,
A tela absurda, a estátua nua,
A bondade que não tem prazo -
Tudo isso excede este rigor
Que o raciocínio dá a tudo,
E tem qualquer cousa de amor,
Ainda que o amor seja mudo.
(Fernando Pessoa)

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Soneto do amigo - Vinícius de Moraes

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Felicidade

Se tudo na vida é relativo,
Relativa também é a idéia
Que cada um faz da felicidade.
Para uns, felicidade é
Dinheiro no bolso,
Cerveja na geladeira,
Roupa nova no armário.

Para outros a felicidade
Representa o sucesso,
A carreira brilhante,
O simples fato de se achar importante
ainda que na verdade as coisas não
sejam bem assim.

Para outros tantos,
Ser feliz é conhecer o mundo,
Ter um conhecimento profundo
Das coisas da Terra e do ar.

Mas para mim, ser feliz é diferente.
É ter vida.

Que como dizia o poeta:
“É bonita, é bonita, é bonita...”

Felicidade é a família reunida,
É viver sem chegada, sem partida
É sonhar, chorar...sorrir.

Felicidade é viver cercado de amor
É plantar amizades, é o calor
Do abraço daquele amigo
Que mesmo distante,
Lembrou de dizer: “Alô”

Ser feliz,
É acordar às cinco da matina,
Depois de ter ido dormir
às três da madrugada,
Com sono, pra lá de cansado,
Só pra dar uma pontinha
Da cama para o filho dormir.

Ser feliz é ver todo dia
Um sorriso de criança;
É música, dança,
Paz e o prazer de descobrir
Que a cada dia
A vida inicia,
Novamente.

A cada amanhecer.

Ser feliz é ter violetas na janela,
É chá de maçã com canela,
É pipoca na panela,
É um CD bem méla-méla,
Para esquentar o coração.

Ser feliz é curtir sol radiante,
Frio aconchegante,
Chuvinha ou temporal.
Ser feliz é enxergar
O outro
É sabe lá quantos outros cruzam
nossa estrada.
Ser feliz é fazer da vida,
Uma grande aventura,
A maior loucura,
Um enorme prazer.

terça-feira, 17 de junho de 2008

A perda

Instalei-me abruptamente no centro do meu jardim. Rápido como notícia ruim, nublado e destrutivo como tempestade inesperada.
Pra mim estava tudo cinza e sem calor, apesar do dia claro e quentinho de primavera. Fui sentar-me naquele lugar preferido, aonde eu passava horas e horas com o meu filho.
Daqui, tenho uma visão privilegiada. Vejo muitas árvores frutíferas e muitas flores. Eu contemplava aquilo tudo não achando graça nenhuma nem tirando proveito: os frutos madurinhos não tinham sabor, as flores coloridas não tinham beleza nem odor.
Alta primavera: exuberância e abundância de todos os tipos de flores, de todos os cheiros e cores... Mas eu não sentia perfume algum. Pra mim tudo estava escuro, sem graça, beleza e vida.
Nem as magníficas orquídeas encantavam. Antes pelo contrário, de lindíssimas plantas exóticas que são, transformaram-se, pra mim, em reles planta comum, brejeira...
Eu tinha era ódio mortal daquilo tudo. Até da mais singela e indefesa criaturinha, animalzinho, inseto, eu tinha raiva e vontade de matar, pisar em tudo com a força e o desprezo dos meus pés.
Vendo o gracioso e leve vôo das borboletas eu me sentia mais desgraçado, pesado e angustiado. Via as abelhinhas trabalhando para produzir o mel, e aquilo só potencializava ainda mais o veneno que corria desesperado nas minhas veias.
Toda aquela animada natureza, movimentando-se alegre e indiferente ao meu sofrimento, me causava uma revolta sem tamanho. Era uma injustiça insuportável de se ver.
Prostrado e sozinho, abaixei a cabeça, fechei os olhos, e chorei...

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Não digas nada


Não digas nada!
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender -
Tudo metade
De sentir e de ver…
Não digas nada
Deixa esquecer
Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada…
Mas ali fui feliz
Não digas nada.

(Fernando Pessoa)

domingo, 15 de junho de 2008

Faça o que for necessário...

Faça o que for necessário para ser feliz.
Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples,
você pode encontrá-la e deixa-la ir embora
por não perceber sua simplicidade.

(Mário Quintana)


Uma imagem de prazer - Clarice Lispector


Conheço em mim uma imagem muito boa, e cada vez que eu quero eu a tenho, e cada vez que ela vem ela aparece toda. É a visão de uma floresta, e na floresta vejo a clareira verde, meio escura, rodeada de alturas, e no meio desse bom escuro estão muitas borboletas, um leão amarelo sentado, e eu sentada no chão tricotando. As horas passam como muitos anos, e os anos se passam realmente, as borboletas cheias de grandes asas e o leão amarelo com manchas - mas as manchas são apenas para que se veja que ele é amarelo, pelas manchas se vê como ele seria se não fosse amarelo. O bom dessa imagem é a penumbra, que não exige mais do que a capacidade de meus olhos e não ultrapassa minha visão. E ali estou eu, com borboleta, com leão. Minha clareira tem uns minérios, que são as cores. Só existe uma ameaça: é saber com apreensão que fora dali estou perdida, porque nem sequer será floresta (a floresta eu conheço de antemão, por amor), será um campo vazio (e este eu conheço de antemão através do medo) - tão vazio que tanto me fará ir para um lado como para outro, um descampado tão sem tampa e sem cor de chão que nele eu nem sequer encontraria um bicho para mim. Ponho apreensão de lado, suspiro para me refazer e fico toda gostando de minha intimidade com o leão e as borboletas; nenhum de nós pensa, a gente só gosta. Também eu não sou em preto e branco; sem que eu me veja, sei que para eles eu sou colorida, embora sem ultrapassar a capacidade de visão deles (nós não somos inquietantes). Sou com manchas azuis e verdes só para estas mostrarem que não sou azul nem verde - olha só o que eu não sou. A penumbra é de um verde escuro e úmido, eu sei que já disse isso mas repito por gosto de felicidade; quero a mesma coisa de novo e de novo. De modo que, como eu ia sentindo e dizendo, lá estamos. E estamos muito bem. Para falar a verdade, nunca estive tão bem. Por quê? Não quero saber por quê. Cada um de nós está no seu lugar, eu me submeto bem ao meu lugar. Vou até repetir um pouco mais porque está ficando cada vez melhor: o leão amarelo e as borboletas caladas, eu sentada no chão tricotando, e nós assim cheios de gosto pela clareira verde. Nós somos contentes.

Exigências da vida moderna - Luis Fernando Veríssimo


Ainda perguntam. Você vive cansada????

Exigências da vida moderna (quem aguenta tudo isso??)

Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro. E uma banana pelo potássio. E também uma laranja pela vitamina C. Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que consome o dobro do tempo.

Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos. (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão). Cada dia uma Aspirina, previne infarto. Uma taça de vinho tinto também. Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso. Um copo de cerveja, para... não lembro bem para o que, mas faz bem. O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.

Todos os dias deve-se comer fibra. Muita, muitíssima fibra. Fibra suficiente para fazer um pulôver.

Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente. E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada. Só para comer, serão cerca de cinco horas do dia. E não esqueça de escovar os dentes depois de comer. Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax.

Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia. Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco comendo são vinte e uma. Sobram três, desde que você não pegue trânsito. As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia. Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).

E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando eu estiver viajando. Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as informações.

Ah! E o sexo.

Todos os dias, tomando o cuidado de não se cair na rotina. Há que ser criativo, inovador para renovar a sedução. Isso leva tempo e nem estou falando de sexo tântrico. Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha um bichinho de estimação. Na minha conta são 29 horas por dia.

A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo!!!

Tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os dentes. Chame os amigos e seus pais. Beba o vinho, coma a maçã e dê a banana para alguém. Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésio.

Agora tenho que ir. É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e da maçã, tenho que ir ao banheiro.

E já que vou, levo um jornal...

Tcháu....

Viva a vida com bom humor!!!