sábado, 30 de abril de 2011

Human Planet





Nossa, que lindo esse vídeo!!!




 

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Paisagem n°4

CANDIDO PORTINARI, Colheita de café (Cosecha de café) 1958 


Os caminhões rodando, as carroças rodando,
rápidas as ruas se desenrolando,
rumor surdo e rouco, estrépitos, estalidos...
E o largo coro de ouro das sacas de café!...
Na confluência o grito inglês da São Paulo Railway...
Mas as ventaneiras da desilusão! a baixa do café!...
As quebras, as ameaças, as audácias superfinas!...
Fogem os fazendeiros para o lar!... Cincinato Braga!...
Muito ao longe o Brasil com seus braços cruzados...
Oh! as indiferenças maternais!...
Os caminhões rodando, as carroças rodando,
rápidas as ruas se desenrolando,
rumor surdo e rouco, estrépitos, estalidos...
E o largo coro de ouro das sacas de café!...
(...)

Mário de Andrade

terça-feira, 26 de abril de 2011

Seja paciente



Seja paciente com tudo que não há solucionado em seu coração
E procure amar as próprias perguntas.
Não procure as respostas que não lhe podem ser dadas
Porque não poderia vivê-las
E o que importa é viver tudo
Viva as perguntas agora
Talvez você possa, então,
pouco a pouco,
sem mesmo perceber,
Conviver, algum dia distante,
com as respostas.
Rainer Maria Rilke

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O Rappa e Maria Rita - O que sobrou do céu




Um bom feriadooo e Felizzz Páscoa pessoal !!!!!





A quatro mãos escrevemos o roteiro...


"A quatro mãos escrevemos o roteiro para o palco de meu tempo: o meu destino e eu.

Nem sempre estamos afinados, nem sempre nos levamos a sério."

Lya Luft

 

terça-feira, 19 de abril de 2011

Quando ponho de parte os meus artifícios...




Quando ponho de parte os meus artifícios e arrumo a um canto, com um cuidado cheio de carinho – com vontade de lhes dar beijos – os meus brinquedos, as palavras, as imagens, as frases – fico tão pequeno e inofensivo, tão só num quarto tão grande e tão triste, tão profundamente triste!
Afinal eu quem sou, quando não brinco? Um pobre órfão abandonado nas ruas das sensações, tiritando de frio às esquinas da Realidade, tendo que dormir nos degraus da Tristeza e comer o pão dado da Fantasia. De meu pai sei o nome; disseram-me que se chamava Deus, mas o nome não me dá idéia de nada. Às vezes, na noite, quando me sinto só, chamo por ele e choro, e faço-me uma idéia dele a que possa amar… Mas depois penso que o não conheço, que talvez ele não seja assim, que talvez seja nunca esse o pai da minha alma…
Quando acabará isso tudo, estas ruas onde arrasto a minha miséria, e estes degraus onde encolho o meu frio e sinto as mãos da noite por entre os meus farrapos? Se um dia Deus me viesse buscar e me levasse para a sua casa e me desse calor e afeição… "Às vezes penso isto e choro com alegria a pensar que o posso pensar… Mas o vento arrasta-se pela rua fora e as folhas caem no passeio… Ergo os olhos e vejo as estrelas que não têm sentido nenhum… E de tudo isto fico apenas eu, uma pobre criança abandonada, que nenhum Amor quis para seu filho adotivo, nem nehuma Amizade para seu companheiro de brinquedos.
Tenho frio de mais. Estou tão cansado no meu abandono. Vai buscar, ó Vento, a minha Mãe. Leva-me na Noite para a casa que não conheci… Torna a dar-me, ó Silêncio imenso, a minha ama e o meu berço e a minha canção com que eu dormia…”
Fernando Pessoa, in "Livro do Desassossego"

sábado, 16 de abril de 2011

Engenheiros do Hawaii - Surfando Karmas e DNA




Música do álbum Acústico MTV de 2004.



quinta-feira, 14 de abril de 2011

Dê a quem você ama...





"Dê a quem você ama: asas para voar,

motivos para voltar e raízes para ficar."
Dalai Lama

 


terça-feira, 12 de abril de 2011

Confessional



Eu fui um menino por trás de uma vidraça
_ um menino de aquário.
Via o mundo passar como numa tela
cinematográfica, mas que repetia sempre as
mesmas cenas, as mesmas personagens.
Tudo tão chato que o desenrolar da rua
acabava me parecendo apenas em preto e
branco, como nos filmes daquele tempo.
O colorido todo se refugiava, então, nas
ilustrações dos meus livros de histórias, com
seus reis hieráticos e belos como o das cartas
de jogar.
E suas filhas nas torres altas _ inacessíveis
princesas. Com seus cavalos _ uns
verdadeiros príncipes na elegância e na
riqueza dos jaezes.
Seus bravos pajens (eu queria ser um deles...)
Porém, sobrevivi...
E aqui, do lado de fora, neste mundo em que
vivo, como tudo é diferente! Tudo, ó menino
do aquário, é muito diferente do teu sonho...
( Só os cavalos conservam a natural nobreza.)
Mário Quintana

sábado, 9 de abril de 2011

quinta-feira, 7 de abril de 2011

terça-feira, 5 de abril de 2011

Declaração universal dos direitos da mulher com TPM

Preâmbulo

Considerando as alterações hormonais que afetam as mulheres durante os dias que precedem o período menstrual, e seus consequentes transtornos psicológicos e sentimentais, fica estabelecido que:

ARTIGO I

Toda mulher em dias de TPM tem direito a comer uma caixa de bombons inteira (não ouse se aproximar da caixa) e a tomar leite condensado direto na lata. E que isso não implique em alterações na balança.

ARTIGO II

Toda mulher em dias de TPM tem direito à preferência no trânsito; a encontrar todos os sinais abertos; a receber passagem dos outros motoristas; a encontrar vagas sem que haja necessidade de baliza; e a não ouvir nenhuma buzina — salvo em casos de buzina utilizada como ferramenta de paquera.

ARTIGO III

Toda mulher em dias de TPM tem direito a deitar a cabeça no colo da mãe e chorar de medo de qualquer coisa. Exatamente como fazia aos cinco anos de idade e acordava com pesadelos.

ARTIGO IV

Toda mulher em dias de TPM tem direito a recusar ligações de clientes insuportáveis; a chorar na frente do chefe, caso seja repreendida; a manter-se muda durante as reuniões; podendo, em casos mais graves, até receber o dia de folga. Sem que isso interfira no seu futuro profissional.

ARTIGO V

Toda mulher em dias de TPM tem direito a dizer que está gorda; que está cheia de fios brancos; que o cabelo está um desastre; que sua pele está um lixo; que suas celulites de multiplicaram como Gremlins. Desde que NINGUÉM concorde com ela.

ARTIGO VI

Toda mulher em dias de TPM tem o direito de se abster da obrigação de dizer "bom dia", "bom tarde", "boa noite", “por favor”, “com licença”, sem ser taxada de grosseira e mal-educada.

ARTIGO VII

Toda mulher em dias de TPM tem o direito de esquecer: esquecer o aniversário de um parente, esquecer de pagar uma conta, esquecer de ir ao dentista, esquecer de enviar um orçamento, e outras coisas que agora esqueci (estou no meu direito).

ARTIGO VIII

Toda mulher em dias de TPM tem direito a estourar o limite do cartão de crédito comprando sapatos que não fazem seu estilo, roupas que só usaria se fosse convidada para uma festa brega, bolsas que custam uma fortuna, embora não acomodem nem um celular. E que nada disso conste na fatura do mês seguinte.

ARTIGO IX

Toda mulher em dias de TPM tem direito a reclamar com o namorado de qualquer coisa da qual já tenha reclamado um milhão de vezes; a chorar por causa dele; a chorar no telefone com ele; a não atender as ligações dele; e até a terminar com ele. Desde que, passado o período, ele finja que nada disso aconteceu.

ARTIGO X

Toda mulher em dias de TPM tem o direito de fazer com a sua TPM o que bem entender: um dramalhão mexicano, uma tragédia grega, uma comédia pastelão, uma crônica, que seja. Desde que isso lhe renda elogios, para que não fique traumatizada e inibida de escrever para todo o sempre.

Fernanda Pinho
 

sábado, 2 de abril de 2011

Nos Bailes da Vida - Roupa Nova





Música do álbum (Ouro de Minas, 2001).