CANDIDO PORTINARI, Colheita de café (Cosecha de café) 1958
Os caminhões rodando, as carroças rodando,
rápidas as ruas se desenrolando,
rumor surdo e rouco, estrépitos, estalidos...
E o largo coro de ouro das sacas de café!...
Na confluência o grito inglês da São Paulo Railway...
Mas as ventaneiras da desilusão! a baixa do café!...
As quebras, as ameaças, as audácias superfinas!...
Fogem os fazendeiros para o lar!... Cincinato Braga!...
Muito ao longe o Brasil com seus braços cruzados...
Oh! as indiferenças maternais!...
Os caminhões rodando, as carroças rodando,
rápidas as ruas se desenrolando,
rumor surdo e rouco, estrépitos, estalidos...
E o largo coro de ouro das sacas de café!...
(...)
Mário de Andrade
Olá Claudia, boa noite!
ResponderExcluirPassando para agradecer sua visita lá no Desnudo e, por estar me seguindo.
Seu poema expressa duas fases econômicas do Brasil Império. A do café e a do ciclo do ouro.Mas contudo, a queda do ciclo do café, D. Pedro II de plena consciência ao ver o desmatamento ao abandono dos plantios com a decadência do ciclo do café, nos deixou uma herança das mais belas, a nossa exuberante floresta da Tijuca.
Uma ótima noite pra ti e, um ótimo fim de semana.
Bjs no coração
Marcio RJ