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Em todos os jardins
Em todos os jardins hei-de florir,
Em todos beberei a lua cheia,
Quando enfim no meu fim eu possuir
Todas as praias onde o mar ondeia.
Um dia serei eu o mar e a areia,
A tudo quanto existe me hei-de unir,
E o meu sangue arrasta em cada veia
Esse abraço que um dia se há-de abrir.
Então receberei no meu desejo
Todo o fogo que habita na floresta
Conhecido por mim como um beijo.
Então serei o ritmo das paisagens,
A secreta abundância dessa festa
Que eu via prometida nas imagens.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Claúdia, adorei este espaço. Voltarei mais e mais vezes para nutrir a alma! Beijos!
ResponderExcluirGostei do seu recanto poético, o qual vou ficar seguindo.
ResponderExcluirTenho também um espaço para poesias, ensaios e crônicas. É o http://www.levibronze.blogspot,com
Abçs,
Levi B. Santos