Ando, ando...
Bancos vaziosem corredores soturnos.
Prédios noturnosme observam calados.
Rostos, vozestudo, tudolonge, longe...
O silêncio saltafaz piruetas e dança, invisívelpelo espaço intransponívelque separa eu de mim.Não ouço meus passosmas não importapois nem eu nem cada portapor que passocompreende esse trajeto.Segurocom as estrelaso peso dos véus,do escuroe da ausênciainadmissívelintocávelintransponívelinassimilável.O vento ventamas venta pouco.Quem dera a paz...Ventasse mais...Ventasse mais!E expulsassede minha mente enfumaçadaas centopéias indecifráveisque me fazem não achar.
Fábio Rocha