quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O perfume



O amor, como o perfume, deixa indícios
De euforia em quem sente o seu odor;
Ambos dão alegria, ambos dão vício,
E mesmo os seus resquícios têm sabor.
Em tão pequenos frascos, benefícios;
Num coração ou vidro, tanto ardor;
Mas deves desfrutar sem desperdícios,
Seja perfume d’alma, seja amor.
Têm de todos os tipos prá agradar:
Um deles, quase eterno; outro, ligeiro.
Melhor é o que mais caro te custar,
Mas importa que seja verdadeiro
Pois, tendo um falso, logo há de notar
Que paixão não vai dar, com ou sem cheiro.
Bernardo Trancoso