Poucos são os que se importamCom a miséria que alastraE muitos deles nem suportamQuem na miséria se arrasta.Se ao longe vêem um pedinteOlham de um modo velado,E passam para a rua seguinteSó para não lhe passar ao lado.Tentando fazer de contaQue não se tinham apercebido,Atitude que remontaA um sentimento esquecido.Talvez se já soubessemO que custa passar fome,E as dores que acontecemA quem quer, mas que não come.Não procedessem desta formaE mudassem de atitude,E criassem outra normaPara que a miséria mude.Talvez assim o mundo mudassePara um modo de altruísmo,E a miséria acabasseAssim como o egoísmo.Zeninume