ISe me escapa dos dedos acarícia sem causa,se me escapa dos dedos...No vento ao passar...A carícia que vaga semdestino nem objeto,a carícia perdida, quem airá encontrar...?
IIEu pude amar esta noitecom piedade infinita,pude amar ao primeiro quedera certo chegar...e nada chega. Está só...minha mágoa aflita,e a carícia perdida estádifícil de encontrar...
IIISe em teus olhos te beijamesta noite meu anjo,e estremece as ramas daroseira, um doce suspirar...Se te apertam os dedos umamão frágil e pequena,que te toma e te deixa, queestá contigo sem estar...
IVSe não vês essa mão, e nemesta boca a te beijar,Oh... meu anjo, que tens osolhos fixos no céu...Ahé apenas do ar que tens ailusão deste troféu,vais saber que sou eu... daquide longe a te amar?..
Maria Antonieta R. Mattos