segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Sou eu...

I
Se me escapa dos dedos a
carícia sem causa,
se me escapa dos dedos...
No vento ao passar...
A carícia que vaga sem
destino nem objeto,
a carícia perdida, quem a
irá encontrar...?
II
Eu pude amar esta noite
com piedade infinita,
pude amar ao primeiro que
dera certo chegar...
e nada chega. Está só...
minha mágoa aflita,
e a carícia perdida está
difícil de encontrar...
III
Se em teus olhos te beijam
esta noite meu anjo,
e estremece as ramas da
roseira, um doce suspirar...
Se te apertam os dedos uma
mão frágil e pequena,
que te toma e te deixa, que
está contigo sem estar...
IV
Se não vês essa mão, e nem
esta boca a te beijar,
Oh... meu anjo, que tens os
olhos fixos no céu...
Ahé apenas do ar que tens a
ilusão deste troféu,
vais saber que sou eu... daqui
de longe a te amar?..

Maria Antonieta R. Mattos